Algumas diretrizes estabelecidas para o adulto jovem não podem ser aplicadas nos idosos! E temos que ficar muito atentos a isso!
A SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) recomenda a não prescrição de medicamentos para controle de hemoglobina glicada abaixo de 7,5% em idosos diabéticos com declínio funcional ou cognitivo.
O controle intensivo e rigoroso dos níveis glicêmicos em idosos pode trazer mais danos do que benefícios, principalmente em idosos muito velhos, com baixa expectativa de vida, e portadores de multimorbidades e fragilidade.
O risco de efeitos nocivos de hipoglicemia, mais comum quando se propõe tratamento intensivo, frequentemente suplanta eventuais benefícios relativos à redução de risco de infarto ou mortalidade.
Alvos glicêmicos devem refletir as metas do paciente e seu estado de saúde.
Propostas razoáveis seriam:
• 7,0% – 7,5% em idosos saudáveis e com longa expectativa de vida;
• 7,5% – 8,0% naqueles com menos de 10 anos de expectativa de vida;
• 8,0 – 8,5% em indivíduos com múltiplas comorbidades e baixa expectativa de vida.
A metformina deve ser considerada como primeira escolha para monoterapia na maioria dos idosos quando o tratamento farmacológico estiver indicado, sobretudo pelo menor risco de hipoglicemia.
